Aos 72 anos, Eliane Nogueira nunca foi parlamentar; outros três senadores têm parentes como suplentes para o cargo
Se o senador Ciro Nogueira (Progressista-PI) for confirmado como ministro da Casa Civil pelo presidente Jair Bolsonaro, sua vaga no Senado ficará em família. Eliane Nogueira, mãe do senador, é sua primeira suplente e deve ocupar o posto com o afastamento do titular para integrar a equipe ministerial.
Aos 72 anos, Eliane não tem trajetória política e estreará como parlamentar se o movimento político de reforma ministerial for sacramentado por Bolsonaro. É prática comum entre os senadores indicarem parentes para ocupar suas suplências. Assim, se ocuparem cargos como o de ministro ou secretários ou se decidirem disputar uma eleição para o Executivo, preservam a vaga no Senado com algum parente de extrema confiança.
Outros três senadores têm parentes como suplentes. Chico Rodrigues (DEM-RR), conhecido por ter sido preso com dinheiro na cueca, tem o filho Pedro Rodrigues como suplente. Já Davi Alcolumbre (DEM-AP) tem o irmão Josiel como suplente. E Eduardo Braga (MDB-AM) tem a esposa Sandra Braga como substituta imediata.
Exemplos como esse se acumulam nas últimas décadas. Um caso famoso é o do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, que tinha o filho ACM Júnior como suplente e deixou-lhe a vaga quando renunciou ao mandato em 2001.
Um projeto do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) veda a presença de parentes como suplentes de senadores, mas ainda tramita pela Casa.
Se a mãe de Ciro Nogueira não quiser assumir a vaga, o segundo suplente é o ex-prefeito de Picos, Gil Paraibano, esse, sim, um político veterano.
Fonte: terra.com.br